17/06/2022
Copom est� prescrevendo um rem�dio t�xico para a economia e ineficaz contra infla��o provocada por baixa oferta, afirma o empres�rio Rafael Cervone, presidente do Centro das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (CIESP)


�A Selic exagerada, no presente cen�rio de dificuldades, representa uma estrat�gia monet�ria irrespons�vel perante a popula��o brasileira, cuja prioridade � a cria��o de empregos, o aumento dos investimentos e a retomada do crescimento econ�mico.� Afirma��o � de Rafael Cervone, presidente do Centro das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (CIESP) e 1� vice-presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (FIESP), ao analisar o an�ncio do Copom, feito nesta quarta-feira (15/06), de aumento de 0,5 ponto percentual da taxa Selic, a qual foi elevada para o patamar de 13,25% ao ano.

Para Cervone, o problema � ainda mais grave se considerado o fato de que a escalada dos juros desde 2021 n�o est� contendo a infla��o, pois esta relaciona-se atualmente ao fen�meno de desarticula��o de oferta de bens. Ademais, na oferta de cr�dito j� se percebem os impactos desse forte aperto monet�rio, como � o caso da concess�o de empr�stimo pessoal e do financiamento imobili�rio. Refletindo essa a��o descabida da pol�tica monet�ria, as expectativas para a atividade econ�mica no segundo semestre e para 2023 n�o s�o positivas. �Pelo contr�rio, as expectativas s�o de um crescimento do PIB em 2022 pr�ximo a 1,5% e, para o pr�ximo ano, as proje��es apontam um avan�o de apenas 0,8%�, pondera Cervone.

Para a ind�stria de transforma��o, o cen�rio � ainda mais desafiador, pois, al�m de j� enfrentar quest�es relativas aos problemas de oferta de insumos e custos elevados, precisa lidar com esse substancial aperto monet�rio, o qual afeta os canais de cr�dito, fundamentais � din�mica do setor. Sempre � importante destacar: os efeitos negativos do aumento da taxa de juros sobre a manufatura s�o mais expressivos do que para a economia como um todo.

O cen�rio de lentid�o do crescimento dever� manter o desemprego em patamar bastante elevado ao longo deste ano e do pr�ximo, argumenta o presidente do CIESP, ressaltando: �Isso � p�ssimo para um pa�s com cerca de 11 milh�es de desempregados, que j� vinha exibindo baixo crescimento antes da pandemia e que precisa conquistar aumento expressivo do PIB para reverter a preocupante expans�o do contingente de habitantes abaixo da linha da mis�ria�, conclui o presidente do CIESP.

Sobre o Ciesp: entidade fundada em 1928 e que hoje representa cerca de 8 mil ind�strias do Estado de S�o Paulo.


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